"(...) Quando o vento passar varrendo a memória... limpando a poeira dos olhos, quando puderes olhar e realmente ver, talvez compreenda que o amor é maior que a vida, maior que a morte." Sejam bem–vindos ao meu espaço poético! Josinalda Lira
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
prisão íntima
o mal sofra meu corpo; viaja nas curvas da minha existência
diga à bondade dos justos que eu a quero
também à misericórdia e ao perdão
desliza entre minhas mãos o céu
o inferno a um passo descalço do fogo
qualquer descuido a larva corrói as minhas vestes
diga a felicidade que me faça uma visita
qualquer dia desses um anjo bom me leve pra voar
rezo aos céus que me tire do castigo
o tempo cárcere da minha boca escarlate me deixe ir...
diga às flores do meu jardim que venham comigo ao fechar meus olhos.
diga também àquele homem que eu não consegui perdoá-lo
tenho fome das palavras verdadeiras, comeria todas elas
fale pro vento que sinto falta de suas carícias em meus cabelos...
queria reaprender a rezar o credo na madrugada
e fugir dos anti- cristos da terra
quero gritar para o cosmo o grande e inesperado retorno do amor
o nascimento gerador do espetáculo amar.
Josinalda Lira
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