quarta-feira, 5 de setembro de 2012




a gente sempre acaba deixando pela vida, quem mais se ama
e a volta é um labirinto...
onde se tem escondido :MEDO, REMORSO, ARREPENDIMENTO...
paredes duras demais
é preciso muita força para derrubar

e muito amor para reerguer uma nova historia.

* Josinalda Lira






segunda-feira, 3 de setembro de 2012

AMOR DE VERDADE




o amor de verdade
não chama-se solidão
nem anda nas ruas pedindo atenção
nem se cala
nem falha

nem para de amar
o amor verdadeiro
só se sabe mesmo
quando é inteiro
forte e companheiro
esse amor é perfeito
em todos as conjugações
o conheço ao longe
e sempre o chamo
o desejo ardentemente
como quem precisar ser salvo
morro vivendo em agonia
morro pois, penso que ele nunca virá
morro ... o poeta não sabe viver
sem o bem que tanto o inspira.




Josinalda Lira

sábado, 11 de agosto de 2012

Meu amor é cigano

cigano, meu amor é cigano...
encontra-se comigo ...
só não estou em seus planos...
quer muito ainda conhecer
bocas virgens em seus lábios
provar...
corpos antes não vistos
tocar...
tolo...
meu amor tem muitos mais
que todas as que ele conheceu e ainda conhecerá
de mim pra elas sem querer irá falar
lembranças ...será todos os momentos de sua vida
e em terras distantes me perderá
e nunca mais irá me encontrar
por ter sido alguém inconstante
desejará não ter nascido, cigano.

*Josinalda Lira * 

sábado, 9 de junho de 2012

doce lembrança

doce lembrança
do bem que não se
tem
e está longe... 
nas asas tristes da
poesia
e é como vento frio
a saudade solitária
existe
e esse alguém não
volta
nem voltará...
ficou na poeira,
nas areias do tempo
em forma de versos
eternizados no coração.



Josinalda Lira

sábado, 19 de maio de 2012

POEMA


dou a ele a via láctea
os rios e os mares
os sonhos...
e as bocas vermelhas de outras existências minhas...
dou o perfume
derramado no corpo suado
caricias plenas e delírios infindáveis 
vendaval... pele nua...
dou...
ele não quer... então escrevo
esse POEMA.






Josinalda Lira

quarta-feira, 16 de maio de 2012

BUSCA


não encontrei meu amor
já velejei todos os mares
mergulhei em todas as águas
no céu em cada nuvem o busquei
em cada estrela o desejei
na terra seca ou molhada
nas rochas e nas muralhas
no jardim de flores
no sertão de dores
no frio
no vento e no ar
respiro - o
sinto-te...
o quero
ti busco...



Josinalda Lira

domingo, 13 de maio de 2012

A árvore do amor


Nasci ao contrário

Sou uma plantinha branquinha
Que em vez de nascer da terra
Nasci do céu
Em vez de gostar de água
Gosto de fogo
Ao em vez de dar flores
Dou amores
É do amor que vivo
É por amor que cresço
São dos meus galhos
Que são feitas 
As flechas dos cúpidos. 

*Josinalda Lira*



quinta-feira, 10 de maio de 2012







já morri
e nasci tantas vezes
mas o espírito não
morre...
ele dorme
amargo sem energia
sem você...
sem você.


Josinalda Lira

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O AMOR QUE FAZ FALTA


Mãe és o bem que me faz falta
Não és só o útero que gerou-me
És amor.
Um amor agora tão distante
Não ouço mais o canto dos pássaros
Tudo aqui na terra parece mudo
Não vejo mais as cores das flores
Nem quando olho o céu consigo vê as estrelas
E quando chove, mãe, parece tudo tão mais triste
E lá fora não pára de chover
Está tudo cinza, desbotado...
Mãe és o amor que falta
Todas as coisas bonitas que de repente parece que sumiu do mundo
Desde que fecha-se os olhos...Também não vejo mais. (Josinalda Lira)





segunda-feira, 30 de abril de 2012

Desde



desde que minha boca o beijou, não beijou outra boca e permanecerá  assim  virgem possuída e sua por  séculos  até um novo encontro para deixar de ser pura também outras partes do meu corpo.


Josinalda Lira


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Nunca me esqueça






Nunca me esqueça 
Por toda eternidade
Não me esqueça
E quando a chuva cair
Eu estarei em cada pingo a ti chamar
E só tu ouvirás o meu canto
E chorarás, como eu chorei de amor por ti
Tua lágrima cairá no chão
E dali nascerá uma flor
Que eu ti dou como prova
Do meu amor. 


*Primeiro poema Josinalda Lira im memória ao meu irmão Fabio Miranda.

domingo, 22 de abril de 2012

amor de ninguém


quero um amor de ninguém 
aquele amor que não  é  citado na mesa de bar
o amor que toda criança conhece ao estender os braços
quero um amor cansado de solidão
sem endereço e que goste de pensar a dois
dois multiplicados e ao mesmo tempo, diminuídos e por fim um só.
um amor perdido no jardim e encontrado nas estrelas
então, quando esse amor que quero
for meu...
esse amor que acredit

como acredito no próprio bem...
em Deus e na vida
esse amor completo e inteiro
serei mais feliz
do que sou... 



(Josinalda Lira)

quinta-feira, 22 de março de 2012

ABANDONO DO AMOR





pari o amor
e muitas vezes
o abandonei...
na estrada
na porta de casa
pelo telefone
com um último beijo
com lágrimas
com saudades
ele cansou de mim
pelo meu abandono tantas vezes...
volta ...
entra novamente no meu coração
nasça novamente nas minhas entranhas
rasgue e derrube todas as teses
que a vida construiu
eu sei, só se é feliz com você .


Josinalda Lira