quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Para quem não tem um eu te amo



Um TE AMO...



Para quem não tem um eu te amo...


E ainda não ouviu ou não ouviu apenas hoje


Eu te amo... mesmo sem o conhecê-lo


Eu te amo...és meu irmão em espírito


És humano obra divina


És filho do pai altíssimo, meu pai também


Ele te ama como eu


E agora deixo aqui registrado


Que EU TE AMO.







Josinalda Lira

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

o que você me deu





você me deu a chuva


quando achava que era apenas


para molhar a terra


encher os rios


desaguar no mar


você me deu a chuva


porque a chuva é vida.






você me deu o riso


quando achava que era apenas


para se perder na boca


e o riso fez parte de mim


e eu fiz parte do riso


e de todos os sorrisos que você me fez sorrir






você me deu o abraço


quando achava que não teria teu abraço


e estava triste... perdida


e você me achou com suas palavras


e você me deu o calor da amizade






você me deu o amor


um amor diferente...


quando achava que conhecia todos os amores


e o que você me deu com esse amor?


eu também não sabia


que as palavras não podiam descrever.






Josinalda Lira











domingo, 5 de dezembro de 2010

O que eu quero




Sentir teu corpo tremer



Ao encostar-se ao meu


No breve encontro...


Tua pele alva em contraste com minha : pálida


O que quero meu amor


Único de vários amores


Ser tua só tua...meu


No alvorecer.... no nascer das estrelas


Na cor amarela do sol


O vermelho ardente da paixão


Nas entrelinhas das palavras


Boca amarga de tanto desejar


Um beijo...um carinho










Josinalda lira





terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mini- conto

Amor esquecido




-Filha minha não namora com negro!


-Porque? Ela chorou


Sangrou a alma


Sofreu dia e noite


Noite e dia...


A alva menina


Não deixou de amá-lo


Os pais não o queriam


E ela o deixou...


Passara-se muitos ventos


Ventos e tempos


No azul dos olhos


Na marca da vida


Ficou perdido


Aquele amor


Que pela cor


Foi esquecido.





Josinalda Lira















sábado, 27 de novembro de 2010

Código do Amor







é declarado crime no código do amor



1- dizer que ama sem amar, sobre pena de encontrar quem faça o mesmo com o infrator.

2- ter medo por qualquer motivo de tentar e se entregar de corpo e alma para um novo amor, pena máxima de solidão.

3- amar não demonstrar, mesmo juntos não dizer o que senti, esse indivíduo por conseqüência:desprezo, falta de atenção: prisão perpétua o amor não perdoa nesse caso .



assino : abaixo com os direitos que me cabe

Amor


  Josinalda Lira



Roda- ciranda



Gira meu redemoinho


Canta vento pelo caminho


Faz uma roda- ciranda


Das minhas cantigas de criança





Não sou pássaro que fugiu...


Nem tocadora de viola...


Amor, aonde termina a historia?


Gira minha roda -gigante...





Todos os meus riscos de pó de giz


Não desfaça minha cicatriz...


E a boca desnuda carne e vida


Aumenta minha ferida...




Josinalda Lira



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

dias de espera






está escrito...


desde que o meu corpo frágil


abandonou com desespero o ventre materno


e os meus pulmões respiraram o ar da terra


e o meus olhos quiseram ver o mundo... procurando -o


desde deste dia, os meus passos iriam ao seu encontro


cada olhar meu, buscava o seu


sentia falta de algo que não conhecia


saudades dos abraços e beijos que não provará


as noites e os dias longos, infindáveis


espero com o pensamento divino em Deus


e nas minhas orações


espero, minha metade o meu motivo de viver.





Josinalda Lira


sábado, 23 de outubro de 2010

Terra Seca e Quente (Poema conto)






ninguém enxugou suas lágrimas na palma da mão via-se seu rosto

e um gosto amargo, da imagem que o espelho refletia a sol do meio- dia

ela esqueceu de amar... não sorria


vivia naquela terra


que queimava e secava


seus cabelos tão negros e sol parecia adorar


aquele negro diante de nada


no sol de fé de tantos santos


de olhos de veludo


que pediam e imploravam


tristes tentavam amar


mas odiavam aquela terra seca


naquele solo de tantos outros que sumiam


que dormiam, que já não choravam e não mais sofriam


a distante viagem da terra seca e quente


da mais próxima e distante ruína


que se fez a vez


da adorada dos cabelos negros


se foi no grito


que lá no infinito os eco ecoavam


seus cabelos mergulharão na terra voavam ainda no resto de vento


o sol ia se pôr soltava os últimos raios quentes no corpo da bela


o sol se despedia daquele corpo morto


que o vento cobria de terra


das lágrimas e do gosto amargo...


lá ela havia nascido


esquecerá de amar


esquecerá de sorrir.




(Josinalda Lira)




quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Versos de Viola





meu amor de girassol




de passarinho



meu amor de menininho



surgindo de um vendaval



é tão grande meu martírio



minha dor é teu suplício



que bem longe desaguou



sou tocador de repente



faço versos na viola



encanto todas as rosas



mas só tu que quero flor.






Josinalda Lira

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

bem – vindo

 

chegou o verão !


ainda é primavera no teu coração


desperta a minha boca


no obscuro da alma divino fogo


semideus da orgia


bem – vinda tua cama


o clarão do dia


o vôo raso da cotovia


o crespo ar frio da manhã


bem- vindo o sol morno


o sol do amanhecer



bem- aventurados os que acordam o pôr-do-sol


no exaltar do dia


bem -vinda vida


o habitar das flores


os cálidos rios enchendo o mar


nas asas transparentes do meu anjo


triunfa novamente sobre meu seio


seja bem – vindo.


Josinalda Lira















domingo, 26 de setembro de 2010

vai embora




pois bem, se queres assim


vai embora, pra longe de mim


busque outros amores


outros sonhos, assim dizendo: saudade





se queres ir, vai agora


um mundo de incertezas te espera


e assim querendo um forte abraço


vai embora... vai embora





e quando o dia amanhecer


sussurrarei baixinho : solidão


não demores muito por aqui, grande dor


vai embora ... vai embora...


Josinalda Lira













quinta-feira, 23 de setembro de 2010

grávida





de tanto amor



que fizermos


estou grávida


grávida de um beija-flor





em dias de sol ele nasce


e voa em busca de mel


já pari tantos filhos seus


e então todos sobrevoando




sobre as flores


porque seu amor


não é só palavras


é vida...












Josinalda lira

amor maior

todos esses espinhos que me oferece



tal qual um dia foi a coroa de um rei


eu dou todas as flores


que joga-se fora



e atravessa logo


meu peito


porque o amor maior foi Jesus


e ele vive



e o meu amor por ti


também viverá.









Josinalda Lira

terça-feira, 21 de setembro de 2010

o sapo enamorado





essa é a estória da princesa que


virou camponesa


e vive nos campos a lavrar


leu o pergaminho enfeitiçado


e trouxe de volta aqui em seu reinado


o príncipe encantado

- nem beije! não o beije!


gritou o sapo


porque nos contos de fada


o príncipe sou eu.


Josinalda Lira

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

cal da solidão



quando a última batalha dos meus olhos, se der por vencida!



e o furta - cor da pele queimada de afrodisíacos perfumes


aprisionar na garganta seca o som dos afogados sonhos


como resistir? a humana flor silvestre do sertão?


objeto perfeito das tuas vestes brancas de algodão


tecendo um emaranhado cordel nas linhas do teu sorriso


recolhe as flores de cactos da terra seca desse coração




e devora toda areia estéreo do mais quente e seco deserto


derrama pelas paredes do meu corpo o cal da solidão


derruba o labirinto de sonhos que nunca existiu


e apaga a luz artificial do nosso sol, manhãs que não tivemos


esconde todas estrelas azuis turquesa esquecidas na cama






e joga no cósmico toda tentativa inútil de esquecer


não verei mais esses olhos, olhos indecifráveis...


o vento esconde uma louca canção afável aos ouvidos


com palavras doces de amor que nunca foram ditas.





Josinalda Lira








































domingo, 19 de setembro de 2010

Ele

ele fala de amor



seduzindo-me


com um sorriso


ele é doce como o mel da flor



casto como a água da fonte


ele é forte e cruel


quando me olha


fazendo doer a alma


e todo meu singelo mundo


vira um inferno


e eu o exorcizo como a um astro


uma constelação única




e suprema


sinto-me um átomo


um enfermo sombrio


um pequeno pássaro que emigra


para tentar esquece-lo.


(do livro Fragmentos Póeticos)





(Fotos gentilmente cedidas  Leandro Freire)


 
 
Josinalda Lira