sábado, 19 de maio de 2012

POEMA


dou a ele a via láctea
os rios e os mares
os sonhos...
e as bocas vermelhas de outras existências minhas...
dou o perfume
derramado no corpo suado
caricias plenas e delírios infindáveis 
vendaval... pele nua...
dou...
ele não quer... então escrevo
esse POEMA.






Josinalda Lira

quarta-feira, 16 de maio de 2012

BUSCA


não encontrei meu amor
já velejei todos os mares
mergulhei em todas as águas
no céu em cada nuvem o busquei
em cada estrela o desejei
na terra seca ou molhada
nas rochas e nas muralhas
no jardim de flores
no sertão de dores
no frio
no vento e no ar
respiro - o
sinto-te...
o quero
ti busco...



Josinalda Lira

domingo, 13 de maio de 2012

A árvore do amor


Nasci ao contrário

Sou uma plantinha branquinha
Que em vez de nascer da terra
Nasci do céu
Em vez de gostar de água
Gosto de fogo
Ao em vez de dar flores
Dou amores
É do amor que vivo
É por amor que cresço
São dos meus galhos
Que são feitas 
As flechas dos cúpidos. 

*Josinalda Lira*



quinta-feira, 10 de maio de 2012







já morri
e nasci tantas vezes
mas o espírito não
morre...
ele dorme
amargo sem energia
sem você...
sem você.


Josinalda Lira

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O AMOR QUE FAZ FALTA


Mãe és o bem que me faz falta
Não és só o útero que gerou-me
És amor.
Um amor agora tão distante
Não ouço mais o canto dos pássaros
Tudo aqui na terra parece mudo
Não vejo mais as cores das flores
Nem quando olho o céu consigo vê as estrelas
E quando chove, mãe, parece tudo tão mais triste
E lá fora não pára de chover
Está tudo cinza, desbotado...
Mãe és o amor que falta
Todas as coisas bonitas que de repente parece que sumiu do mundo
Desde que fecha-se os olhos...Também não vejo mais. (Josinalda Lira)