sábado, 23 de outubro de 2010

Terra Seca e Quente (Poema conto)






ninguém enxugou suas lágrimas na palma da mão via-se seu rosto

e um gosto amargo, da imagem que o espelho refletia a sol do meio- dia

ela esqueceu de amar... não sorria


vivia naquela terra


que queimava e secava


seus cabelos tão negros e sol parecia adorar


aquele negro diante de nada


no sol de fé de tantos santos


de olhos de veludo


que pediam e imploravam


tristes tentavam amar


mas odiavam aquela terra seca


naquele solo de tantos outros que sumiam


que dormiam, que já não choravam e não mais sofriam


a distante viagem da terra seca e quente


da mais próxima e distante ruína


que se fez a vez


da adorada dos cabelos negros


se foi no grito


que lá no infinito os eco ecoavam


seus cabelos mergulharão na terra voavam ainda no resto de vento


o sol ia se pôr soltava os últimos raios quentes no corpo da bela


o sol se despedia daquele corpo morto


que o vento cobria de terra


das lágrimas e do gosto amargo...


lá ela havia nascido


esquecerá de amar


esquecerá de sorrir.




(Josinalda Lira)




Um comentário:

  1. Bom dia minha amiga e poeta Josinalda Lira. Muita satisfação para mim estar aqui sentindo e vivendo sua poesia. Grande abraço e agora faço parte dos seus seguidores.
    Jorge Luiz Vargas
    Poeta - Brasília-DF

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