sábado, 11 de setembro de 2010

matéria – prima

quero ser matéria- prima

na sua arte de amar


gelo nas suas costas largas


argila em formato de mãos.

vidro no reflexo do sol poente


no corpo ardente de luz


e ser semente que nasce entre os cabelos


o cimento, a massa corrida nos pés.

versos lúdicos do poema


ser a forma geométrica da barriga da sua perna


ser riacho nas curvas do rio


ser pedra preciosa, opala.

ser sal ardoroso mar dentro do corpo


tinta desenhada cor da boca


o bronze no busto em pelos


onde sossego e descanso o ventre

esculpido.




Josinalda Lira













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