sexta-feira, 23 de julho de 2010

Meu príncipe desencantado


durante o início do ano de dois mil e dez
era uma vez o meu príncipe encantado
virou fera, e eu, alimento para sua sobrevivência.
um animal feroz que alimentei
agora desejava meu cérebro
e minha vontade de partir
já não bastava ter roubado meu coração?
queria entendê-lo, amansá-lo como antes.
nada do que eu havia feito tinha importância
nada do que eu falasse era ouvido
virou um sapo medonho, enverrugado
onde a coragem para beijá-lo?
cada vez mais me queria para ceia
tinha que fugir daquele castelo de lama
daquele baile de mascarados sentimentos
a redoma de seu falso amor estava me sufocando
a fuga: um fosso, um dragão que morava no lago do meu desespero.
um bosque cheio de armadilhas e bruxas loucas por feitiços
tinha que encarar a solidão das noites estreladas e frias
e viver novamente como plebéia no mundo pagão
rezar para Deus noite e dia, um terço em promessa, com os joelhos ao chão!
que não me mande um príncipe
e sim, um homem comum que me ame para todo o sempre.
para que eu possa como nos contos de fada, ter um final feliz.

Josinalda Lira


3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Nalda, parabéns pelo blog. Sua poesia encantada e encantadora precisa ser divulgada. beijo

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  3. Nossa parabens!!!merece ser divulgado mesmo até parecida com minha história rsrs o fato é que toda mulher deseja um homem comum que me ame para todo o sempre.bjos

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