sexta-feira, 23 de julho de 2010

Prisão íntima



o mal sofra meu corpo; viaja nas curvas da minha existência
diga à bondade dos justos que eu a quero
também à misericórdia e ao perdão
desliza entre minhas mãos o céu
o inferno a um passo descalço do fogo
qualquer descuido a larva corrói as minhas vestes
diga a felicidade que me faça uma visita
qualquer dia desses um anjo bom me leve pra voar
rezo aos céus que me tire do castigo
o tempo cárcere da minha boca escarlate me deixe ir...
diga às flores do meu jardim que venham comigo ao fechar meus olhos.
diga também àquele homem que eu não consegui perdoá-lo
tenho fome das palavras verdadeiras, comeria todas elas
fale pro vento que sinto falta de suas carícias em meus cabelos...
queria reaprender a rezar o credo na madrugada
e fugir dos anti- cristos da terra
quero gritar para o cosmo o grande e inesperado retorno do amor
o nascimento gerador do espetáculo amar.


Josinalda Lira


3 comentários:

  1. Tive o prazer de interpretar essa poesia no Poesia Encenada. Podemos não ter ganho o concurso, mas conheci a fundo o íntimo da poetisa que emprestou sua tinta de racíocínio e deixou impresso os pensamentos de uma alma através das palavras.

    Parabéns Nalda...Sucesso!!!!

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  2. parabéns josinalda...hés mesmo muinto talentosa!!!

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  3. adoruuu mesmo as suas ooesias ta?xeriii te adoluuuu

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